Dia desses eu estava num treinamento sobre liderança. Primeiro, quero dizer que acho que ser líder tem muito de nascer líder. Não existe um curso pronto que vai te fazer virar um líder maravilhoso da noite para o dia. Em minha opinião, o líder traz muitas coisas dentro de si que vem meio na essência, caráter, forma de conduzir a vida e as pessoas ao redor e que vai tornando forma com o tempo e experiências, mas mesmo assim é importante e legal a gente se esforçar para ter dentro do coração os conceitos de liderança.
Pois bem, entre uma coisa e outra, um exercício chamou bastante minha atenção: o exercício do “Feedback”.
Apenas para ilustrar:
Nós brasileiros utilizamos tantas expressões de fora porque muitos objetos de estudos nas áreas de marketing, comunicação, administração, etc vêm de outros países. Justamente por isso, fica o termo utilizado e sugerido por suas metodologias.
Termos como “dead line”, “Case”, “Brand”, “braimstorm”, “market share”, “Breafing”, e por aí vai… Sendo assim, quando alguém fala em “Feedback” no mundo corporativo, esta pessoa está querendo falar, resumidamente, em “retorno”.
Exemplo: “Veja como ficou o texto e me dá um feedback depois.”, ou ainda: “O feedback que aquele cliente deu foi ótimo.”
Voltando ao curso, o que treinamos foi o poder do Feedback. Dar o Feedback e receber o Feedback é de extrema importância para um bom andamento de trabalho para aquele que tem uma equipe, depende dela para bons resultados, queira estimular o pessoal e ter uma máxima satisfação pessoal de cada um.
Concluindo: é de extrema importância que você diga ao outro o que te magoa, incomoda, irrita, atrapalha. Assim como dizer o que você admira e gosta. Vale dizer que saber receber um feedback é tão útil quanto dar o feedback. Muitas pessoas não chegarão falando as coisas para você, por isso, às vezes perguntar, é de bom tom.
Cautela
Falar de alguém para alguém pode ser desafiador. É preciso cautela e jeito para que o receptor não fique mexido, magoado, furioso ou algo parecido. Por isso, aprendemos neste curso que algumas frases podem ajudar no início de um feedback, como por exemplo essas que seguem:
“Me decepciono com você quando…”, Sinto muito prazer quando…”, Admiro você por…”, “O que me conforta é…”.
Eu particularmente sei o quanto é difícil este tipo de conversa e não me situei bem em utilizar essas aberturas sugeridas, o que pode não acontecer com você.
Gostei mais da sugestão que traz as seguintes palavras: “Tenho algo a dizer, mas temo que possa te magoar. Gostaria de ser compreendido por você, pois a minha intenção é melhorar nosso relacionamento…” e por aí vai!
Este é um exercício que envolve os outros, mas diz muito de você!
Feedback da Vida
Gente, se eu contar pra vocês que eu escrevi essas linhas acima pensando no que eu escreveria daqui pra frente vocês acreditam em mim? Acho que sim, né? Porque eu gosto de fazer analogias e firulas.
Logo lembrei da lei do retorno que tanto ouvimos falar na Doutrina Espírita. Eu fiquei pensando em casa após este curso que A Lei do Retorno, a Lei de Ação e Reação, nada mais é que os Feedbacks que a vida dá.
Sem que percebamos, em nosso dia-a-dia estamos deixando uma impressão para a Terra, para as pessoas, para o Universo como um todo. Seja pela forma como tratamos nossos semelhantes, pelo amor ou desamor às coisas e causas. Nossos atropelos, euforias, gafes e pisadas na bola, meio que já mostram como estamos conduzindo a nossa vida e não é difícil imaginar como será o retorno das nossas atitudes. Por vezes elas demoram a aparecer, outras vem tão rápido que não dá nem tempo de pensar.
A vida dá aquele retorno básico com perturbações mentais, de consciência, cobranças demasiadas, frustrações, fadiga, cansaço e daí, tudo começa a ruir. Neste momento precisamos acionar o sinal de alerta, porque se deixarmos a peteca cair vai ser difícil fazer levantar depois. Então, nem pense na hipótese de deixá-la cair.
Muitas vezes é complicado admitirmos algumas coisas, mas podemos fazer uma auto análise profunda de nós mesmos, tipo um feedback particular. Acredito que vá doer um pouco aceitar algumas constatações, derrotas, fracassos e frustrações. A primeira atitude pode ser que seja a fuga justamente para evitar conflitos e sensações ruins. Nós somos assim mesmo. Normal. Mas é importante aceitar e encarar, senão esta auto analise não faz sentido nenhum.
Perguntas como: “O que me frustra?”, “Por que me frusta?”, “qual o motivo?”, “ depende de mim”, “eu posso mudar isso?”, “como posso mudar isso?”, “ Será que eu sou assim com os outros?”, “será que estou correto ou correta?”, começam a moldar o formato de suas decisões.
Então, neste momento, podemos começar a fazer o exercício do Feedback fazer efeito. Vai doer, vai ser conflituoso, mas a mudança precisa começar a aparecer. Dia após dia, hora após hora, pé firme no chão, vigiando cada passo que talvez possa ser o contrário dos seus planos.
Eu não entendo muito bem dessas coisas, mas depois de um tempo é compensador e renovador. Não podemos pensar nas coisas com tristeza ou derrota. Temos que substituir tudo isso por um sentimento de esperança no novo, no desconhecido e assim, a nossa caminhada ficará mais fácil e, pra finalizar, acho que assim poderemos ser líderes da nossa própria existência.
“Eu não tenho provas, mas tenho convicção.” RS
Beijos.